As perseguições teriam começado logo após a vereadora ter abandonado a base do prefeito na câmara e ter passado para a oposição
Segundo a vereadora Tieta Mello (MDB) as ações para prejudicá-la se iniciaram em setembro de 2018 com a instauração de um processo administrativo para apurar falta disciplinar .
No processo a assessoria de saúde alega desconhecer as palestras sobre prevenção de “DST´s” que a servidora realizava em escolas e empresas e que a mesma realizava os eventos dentro do horário de expediente de trabalho e que a atividade não tinha ligação com o setor de saúde sendo uma iniciativa particular. Tieta também está sendo acusada por ter se indisposto com colegas de trabalho na frente de pacientes quando trabalhava no centro de saúde, tendo sido transferida de local por este motivo, hoje ela trabalha no centro de prevenção.
Outra acusação que consta no processo é de que a servidora se recusava a executar exames de eletrocardiograma eletroencefalograma.
Em sua defesa , Tieta Mello, esclarece que para a realização do trabalho de palestras foi feito um acordo com o assessor de saúde antecedente e com a enfermeira encarregada do centro de prevenção e que os ofícios para realização das palestras eram dirigidos diretamente a ela que tinha autonomia para coordenar a agenda e o conteúdo ministrado. Tieta também afirma que sempre levava o nome do centro de prevenção e da coordenadoria de saúde do município como promotores do projeto e quando havia necessidade de fazer palestras durante o horário de expediente o “dia” era justificado pela coordenadora e assinado pelo assessor de saúde para justificar a sua ausência da unidade onde trabalhava.
Em relação a acusação de se indispor com colegas de trabalho , Tieta esclarece que o fato realmente acontecia e que o motivo sempre era em benefício aos pacientes para que tivessem um melhor atendimento. Quanto a alegação de que Tieta se reusava a realizar os exames, a explicação é de que na época a funcionária encarregada pela sala dos exames teria saído de férias e que não foi comunicada se seria ela que faria os eletros e também que muitas vezes chegava para trabalhar e se deparava com a sala trancada aguardando ordens para saber quem executaria os exames pois ela era subordinada e não tinha autonomia.
Eleita nas últimas eleições como a primeira vereadora transexual de São Joaquim, Tieta Mello atribui as acusações como uma forma de perseguição por parte do prefeito Marcelo Mian e do diretor de saúde Dr° Rangel pelo fato de tecer algumas críticas e ter discordâncias em relação a administração .