24/novembro/2024
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Macarrão por R$ 20 e água por R$ 93: preços abusivos no litoral de SP chocam população durante crise

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Moradores e turistas contam que alguns comerciantes se aproveitaram da situação devastadora causada pelas chuvas

As fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo e deixaram mortos, desaparecidos, feridos e pessoas ilhadas serviram de pretexto para alguns comerciantes da região pesarem a mão nos preços. A vendedora Tatiane Silva, que cresceu em São Sebastião, contabilizou ao menos três mercados que estavam vendendo macarrão por R$ 20, água por R$ 93 e até repelente pelo preço de R$ 50. Segundo a mulher, os mercados ficam no bairro do Sahy, Vila do Sahy e Topolândia, uma das regiões mais afetadas, que resultou em diversas pessoas ilhadas. “Em vez de ajudarem neste momento tão difícil, estão abusando dos preços”, diz.
Os serviços de água, luz e telefonia foram comprometidos em razão da queda de postes e do depósito de sedimento nas estações de tratamento de água. Com isso, muitas famílias ficaram sem abastecimento. O pedreiro Roberto Nunes, de 45 anos, que mora em São Sebastião desde que tinha 10, conta que ele e a família passaram horas sem luz nem água e, mesmo quando a energia retomou, o sinal de wi-fi e da operadora de telefonia não funcionava. Segundo o pedreiro, muitos estabelecimentos não abriram porque também foram afetados pela chuva de alguma forma, e os que conseguiram se aproveitaram da situação. “Foi um cenário de caos mesmo. Sempre éramos informados de que alguém tinha morrido e, em vez de ajudar, algumas pessoas começaram a querer se aproveitar disso. Além dos moradores, tinha muita gente que veio passar o Carnaval aqui, curtir o feriado, e alguns foram extorquidos, coitados”, enfatizou Nunes.

Turistas pagam até R$ 30 mil por voo de helicóptero para voltar para casa

undefined Turistas aguardavam na manhã de terça-feira (21) pela sua vez de embarcar em um helicóptero que os levaria embora de São Sebastião, cidade do litoral norte paulista que foi atingida pelas fortes chuvas. Por causa da movimentação, um dos únicos helipontos da região, que pertence ao empresário Abilio Diniz e foi liberado para uso após a tragédia, teve momentos de “congestionamento” de aeronaves que aguardavam no ar até a liberação para pousar no local. Enquanto isso, entre malas e animais de estimação, crianças, adultos e idosos continuavam na “fila” de embarque. Fonte: R7